Exposição de Luís Cruz Guerreiro, no MAB
(Museu de Arte de Brasília)
e em Pirenópolis no Fórum.
Com o convite do MAB, para a exposição, “Aventuras de Jerílio no séc. 25”, episódio-1, “Tudo começou em Máfio”, começou a “Aventura de Luís Cruz Guerreiro, para tornar possível esse evento”.
Capítulo 1 - O empacotamento e transporte dos azulejos
A primeira tarefa foi a de acomodação dos azulejos em duas malas, completamente forradas de esferovite, que no Brasil se chama isopor, e de plástico almofadado.
Esta tarefa foi como sempre confiada à minha mãe que, desde 1989, tem feito com sucesso as embalagens da AAG, que são enviadas pelo correio, para Portugal ou para o estrangeiro, com um número de azulejos quebrados, quase nulo.
Treze pranchas/painéis foram, assim, acomodados numa mala e mais 174 azulejos soltos noutra, com o painel que iria ser exposto em Pirenópolis. A qualidade do empacotamento foi quase perfeita, porque, de todos os azulejos, apenas um se partiu e mesmo esse eu penso que estava rachado, aquando do empacotamento. Além da viagem de avião de Portugal para o Brasil, (São Paulo) e volta, também foi necessário o transporte de carro até Ribeirão Preto (+-300 Km) e de autocarro/ônibus de Ribeirão a Brasília. (+-800 Km)
No caso do painel “Cavaleiros do Divino e Nª Srª do Rosário” (que simboliza a luta entre os cavaleiros Mouros, que usam as cores vermelhas e os Cavaleiros Cristãos, que usam os azuis, e que todos os anos é posta em cena nas Cavalhadas de Pirenópolis), teve de se somar mais 160 Km, que é distância de Pirenópolis a Brasília; neste caso, o transporte foi feito em cima de um carro, com o painel de 3.15 m. de largura por 1.35 m. de altura, dividido em três módulos. Esta foi a viagem mais difícil, pois o painel já ia montado em placares.
Apesar da viagem ser de alto risco, também este painel chegou a Pirenópolis sem se quebrar nenhum azulejo, facto que foi festejado por mim, pela Tina, pelo Zé (o amigo que nos transportou de carro) e pelo Delei.
Ficou exposto no Fórum, onde fica também o Tribunal de Pirenópolis.
Este painel ficará em exposição pública por prazo indeterminado, até que a sua venda seja efectuada.
O painel tem dois preços, para servir dois intuitos. Se ficar colocado ou embutido em algum edifício público, terá um preço simbólico de mais um pouco do que metade do seu preço real, porque deste modo o painel será visto pela população em geral.
Se for algum privado a adquiri-lo, manter-se-á o seu preço.
Pretendo com esta atitude, e quero fomentá-la também em Portugal, tornar ainda mais público o meu trabalho, mostrando as possibilidades e a qualidade da Azulejaria Artística Guerreiro, nas suas vertentes, clássica e moderna.
Por isso os autarcas e presidentes de colectividades e instituições, que fiquem atentos a esta promoção e contactem já a AAG, uma vez que esta promoção não durará eternamente...
Capítulo 2 – A Montagem do Painel “Cavaleiros do Divino e Nª Srª do Rosário”, e a preparação da Exposição “HQ/BD em Azulejos” no MAB
O painel “Cavaleiros do Divino e Nª Srª do Rosário” veio de Portugal sem montagem e foi por isso montado no MAB, com a ajuda de funcionários e de Delei, que se disponibilizaram, dando-me todo o apoio que precisei.
Para a Exposição das “Aventuras de Jerílio no séc. 25”, a estratégia que usei foi a da criação de desenhos gigantes, ao estilo do “Festival de BD da Amadora”, que ilustrassem e enquadrassem a Exposição de Azulejaria.
Para esse trabalho, tive a colaboração de Júnior, também ele desenhista e grafiteiro, que contornou e sombreou os desenhos que eu ia fazendo e que eram ampliações de alguns quadrinhos da história que seria apresentada.
A facilidade de interpretação dos desenhos a carvão que eu fazia, pelo Júnior, demonstraram-me as potencialidades de elaboração de BD/HQ, em sistema de grupo, como o fazem a maioria das editoras norte-americanas, onde existe o argumentista, o desenhista, o arte-finalista e o colorista.
O resultado foram estes desenhos:
Capítulo 3 – A divulgação do evento
Afortunadamente, a preparação da Exposição de HQ/BD em azulejos, no MAB, coincidiu com um evento que estava a acontecer na FNAC de Brasília, um Festival de Quadrinhos, com conferências, filmes, exposições e venda de muita BD/HQ durante o mês de Julho.
Aproveitei uma conferência sobre “Fanzines de BD”, para divulgar a minha Exposição, o que foi muito apreciado pelos participantes, todos fãs e alguns também criadores de BD alternativa.
Os Media Brasilienses, talvez devido a esse ambiente de Festival de BD, contactaram com o MAB e fui entrevistado para o diário “Correio Brasiliense” que, no seu caderno “Cultura”, divulgou a minha entrevista e uma foto do postal/convite no dia 3 de Agosto de 2006.
A “Rádio Nacional”, emissora Brasiliense, mas que pode ser ouvida em todo o Brasil, também me convidou para uma entrevista em directo, o convite foi feito pelo produtor, Giovani, do programa “Espaço Arte” e a entrevistadora foi Márcia Dias. O programa foi transmitido no dia 2 de Agosto de 2006, às 17:15h.
(essa entrevista, pode ser ouvida, aqui neste Blog)
O MAB mandou imprimir um postal de grande qualidade, que enviou a dezenas de pessoas e instituições.
A Exposição foi filmada e fui entrevistado por Marta Jabuonski, da Galeria de Arte do TBV, uma produtora de Vídeo que divulga eventos artísticos e os divulga nas emissoras públicas de TV, as TVs Educativas e as TVs Cultura.
A Agenda Cultural de Brasília, distribuída em todo o Distrito Federal, também divulgou o evento.
Capítulo 4 – A Exposição
Pelas 19:30h do dia 2 de Agosto de 2006, e devido a esta divulgação, estava a “Vernissage” da Exposição muito concorrida, com dezenas convidados e um ambiente muito “legal”.
(O vídeo da inauguração, está acessível aqui neste Blog)
A Exposição teve bastantes visitantes, inclusive Europeus, pelo que li no livro de visitas.
O conjunto das pranchas/painéis das “Aventuras de Jerílio no séc. 25”, forma uma sequência narrativa de 19 páginas do primeiro episódio, “Tudo começou em Máfio”, e de mais 19 páginas do segundo episódio, “Objectivo Asteróide Repto” e por isso não tem como objectivo primeiro a sua venda individual, mas a divulgação do projecto, tendo isso sido conseguido com a promessa do MAB de que daqui a dois anos, quando pretendo ter a história já completa (36 páginas/pranchas), outra Exposição será feita no MAB, já com a edição em “comic-book”, ou Gibi, ou revista em quadrinhos, como melhor o entenderem, para venda, com estes dois primeiros episódios.
Até lá espero fazer mais divulgação deste primeiro episódio, desta BD/HQ em Azulejos.
Epílogo
Quero aqui apresentar os meus agradecimentos a todo o pessoal do MAB e um agradecimento especial à directora do museu, Marta Benévolo, e ao meu amigo e grande artista Delei Amorim, à Tina, minha esposa, e a todos os que me ajudaram que fosse possível esta Exposição em Brasília.
continua...
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