quarta-feira, novembro 14, 2007

Página 161, 5ªLinha, frase completa...


O "Click Variações", lançou-me este desafio para uma nova corrente...

A ideia é pegar num livro, abri-lo na página 161 e, a partir da 5ª linha, transcrever-se a primeira frase completa.

Ora cá está o livro que eu peguei: "A Guerra dos Gibis", de Gonçalo Junior, que retrata a época de OURO das Histórias em Quadrinhos no Brasil.

Um livro que eu já vou na terceira leitura e que recomendo vivamente a todos os apreciadores da 9ª Arte !

"Por duas horas, o incêndio mobilizou bombeiros de três quartéis da cidade-central, Benfica e de Vila Isabel. O prejuízo estimado chegou a 3 000 000 de cruzeiros,
o triplo do valor segurado pelo editor."

...acerca do incêndio na EBAL, editora Brasil-América Lda. de 1952 a maior editora de quadrinhos da América do Sul de Adolf Aizen

E mesmo assim sobreviveu esta grande editora de Histórias em Quadrinhos Brasileira !

Agora chegou a vez de convidar alguns amigos das Artes a atreverem-se a continuar esta corrente, e os nomeados são:


http://kuentro.weblog.com.pt/


http://club.telepolis.com/raulocaceres/


http://revistazepereira.com.br/


http://www.delei.org/


http://www.correpe.blogspot.com/


Boa Sorte !

L+G

sexta-feira, novembro 09, 2007

Revitalização das Artes e Artesanato


Publicado no Jornal “O RIO” #199 de 18 a 31 de Julho de 2006

Mais do que uma mera mostra de Artes e Artesanato o que proponho seria um polo dinamizador económico através desses meios artísticos locais, que funcionariam em conjunto com os nacionais, que já existem como é o caso das Rotas da Cerâmica, e do PPART, Programa para a Promoção dos Ofícios e das Microempresas Artesanais.

Dos espaços aventados por Vivina Nunes, para o projecto, Alhos Vedros Cultural, os mais capazes de integrar este meu projecto seriam o Moinho de Maré de Alhos Vedros que seria óptimo se desse para criar um espaço museológico, onde se mostrasse o artesanato tradicional, como os objectos que serviram nas actividades da salicultura da moagem da construção naval e da olaria, que em particular tinha um carácter funcional na empresa dos descobrimentos , só para citar um exemplo, os moldes que serviam para fazer o biscoito e o pão de açúcar, que eram alimento base das Naus e Caravelas nos séc. XV e XVI, eram fabricados na Mata da Machada, que era então parte integrante do Concelho de Alhos Vedros.

Seria muito importante a existência do Moinho de Maré de Alhos Vedros como um núcleo com uma exposição permanente de objectos ligados ao artesanato tradicional que pudesse funcionar como atracção para actividades com as escolas e ao mesmo tempo que pudesse ser regularmente dinamizado por exemplo com a moagem e também proporia à CMM a compra duma salina e a sua exploração didáctica, que poderia ser rentabilizada com a venda de sal marinho, que já tem um valor elevado no mercado, o Museu do Moinho de Maré, poderia efectuar a sua venda permanentemente.

O espaço do ainda Mercado de Alhos Vedros poderia ser aproveitado para a realização de "oficinas criativas" através do intercâmbio com artesãos de zonas com tradições similares, sendo de destacar o caso de concelhos do Alentejo onde se mantêm vivos diversos núcleos artesanais, como S. Pedro do Corval que é considerada a capital ibérica do barro e que está também nas Rotas da Cerâmica, basta endereçar um convite aos Artesãos dessa localidade, que pertence ao Concelho de Reguengos de Monsaraz, instalar um Forno Cerâmico, no espaço e realizar um grande Ateliê de Olaria, mas este é apenas um exemplo, a Cestaria ou a construção naval tradicional em madeira, através de fabricantes de miniaturas e mesmo com a participação de Artífices que ainda laboram no Concelho da Moita, no Gaio e em Sarilhos Pequenos e noutros concelhos ribeirinhos de Portugal Continental e Insular, poderiam também ser exemplos para outros Ateliês, que se integrariam na Feira de Artes e Ofícios.

As exposições temporárias de artesãos do concelho ou de fora dele, poderiam ter um carácter permanente, neste espaço de Ateliês que eu proponho para o Mercado de Alhos Vedros.

O Pavilhão de Exposições da Moita através da criação de uma iniciativa anual ligada a uma Feira do Artesanato, em moldes novos, poderia receber Artesãos e Artistas Nacionais qualificados e os parâmetros para a escolha desses Artistas e Artesãos deveriam ser na minha opinião, condicionados por factores económicos reais, ou seja dever-se-ia dar prioridade a quem faz do Artesanato a sua primeira forma de trabalho e só depois aceitar quem faz do Artesanato um segundo emprego ou um passatempo.

Um Artesão ou Artista, poderia ser homenageado anualmente sendo o seu trabalho exposto no Fórum Cultural da Baixa da Banheira, espaço que funcionaria em ligação com a Feira de Artes e Ofícios e durante o mesmo tempo em que ela decorresse no Pavilhão Municipal da Moita.
O espaço do Fórum Cultural da Baixa da Banheira, poderia também receber ciclos de conferências com pessoas de outras zonas que pudessem promover um intercâmbio de ideias e experiências com os artesãos locais e se fizesse o ponto da situação da acção nesta matéria em outras autarquias.
Como as Artes de Palco fazem também parte da Cultura o Fórum da Baixa da Banheira, poderia acolher performances e actuações de Artistas Locais nas áreas do Teatro, Dança e Música de carácter mais experimental e mais eruditas, a ideia de um encontro de poetas Populares e Eruditos, de que foi mentor o Professor, Evaristo Afonso, com a colaboração de Manuel Luís Beja.

A actuação de grupos folclóricos ou de Cante Alentejano, guardar-se-ia para o espaço de Tasquinhas junto ao Pavilhão de Exposições da Moita, isto não é menosprezar esses grupos mas sim adequá-los aos eventos.
Todo o espaço de Tasquinhas e actuações de grupos das colectividades, estou-me a lembrar do Rancho da Barra Cheia ou do Grupo Coral Alentejano da União Desportiva e Cultural Banheirense, deveriam ser entregues à organização das Colectividades do Concelho da Moita de que somos pródigos e ter um carácter autónomo, mas integrado na Feira de Artes e Ofícios.


Por último proponho a elaboração de um roteiro do artesanato local (há uma publicação com mais de 10-15 anos já desactualizada) e dos pontos de interesse locais para realização de visitas.

Luís Cruz Guerreiro